segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Eu te amo

Ela estava parada com a cabeça levemente inclinada para cima. Cabelos brancos e curtos, uns setenta anos judiados pela rotina que há de ser dura. Jeito e roupas simples. Pediu para falar comigo. "Pois não?", eu disse. "Eu te amo", ela respondeu e seguiu andando.
É o suficiente para que todas as dificuldades da construção desse sonho chamado Brasil sejam superadas.
Nosso povo é esse, capaz de amar, de se emocionar, de ir a luta e de mudar. Essa senhora certamente não ama a mim. Ama aos sonhos que sonhamos juntas. E isso é o que dá sentido a luta.

3 comentários:

Anônimo disse...

Eu também te amo, Manu, aliás: nunca te vi, sempre te amei.

Zé Pedreiro

Anônimo disse...

certa vez um menino muito rico e que não sabia como eram as coisas no subúrbio pediu ao pai que o levasse para conhecer o subúrbio, que ele só havia visto na televisão. quando ele chegou lá, um senhor muito velho, mas muito simpático, aproximou-se do menino e do pai, dizendo:

- você deve ser o Francisco ... seu pai é muito amigo de nós todos, e como você é filho dele, é nosso amigo também.

Francisco ficou muito feliz sabendo que tinha amigos no subúrbio.




as vezes certas palavras carinhosas de pessoas simples servem, não inflar o ego, e sim para fazer com que descubramos um aspecto simples de nossas almas, e, se tivermos essa possibilidade, ajudar outras pessoas a descobrirem seus lados simples.




samuel

Romilda Raeder disse...

Não te conhecia. Voltei para o Rio Grande há poucos meses, depois de 30 anos em São Paulo. E quis saber quem era Manuela, do PCdoB, em que uma pessoa muito querida minha votou (e eu jamais esperava esse voto de esquerda). Votei PT, que é o meu partido, Manuela. Mas com certeza teria votado em ti, se meu candidato não tivesse disputado a reeleição. Me orgulho de ser gaúcha sempre, e como mulher gaúcha, agora me orgulho ainda mais. Sucesso em tua jornada, guria!