terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Atenção ao diferente

Um dia,
Num daquela dias que parecem ter saído de um filme
ou da vida de um personagem de um livro,
ou mesmo de uma outra encarnação nossa,
um dia li sobre relacionamentos!
Vejam só (acho isso tão vazio...!)
Queria muito ressuscitar algo que já estava morto.

Li pela primeira vez expressões que me socaram a boca do estômago: "icebergue" e "atenção".

Atenção ao diferente,
aquilo que julgamos pouco importante e pode ser central para o outro,
Atenção ao detalhe que pode fazer ser para sempre,
atenção ao bom dia,
atenção ao não fazer de conta.
Atenção ao que é drama para um e
para outro vida,
morte e sentido.
Sem a atenção?
enormes blocos de gelo entre as pessoas.
Icebergue.
Palavras não ditas.
Respostas grosseiras.
Incompreensões.
Pressas.
Egoísmos.
Diferentes traições - não as físicas - as vezes essas são as menos doloridas!

Percebi que não havia sido atenta.
Esqueci do livro.
Achei que fosse para sempre.

Hoje acordei com o livro perto da
Cama.

2 comentários:

Anônimo disse...

Hoje acordei com a vida tranbordando na pele
como acordedasse naquela velha cena de Traffaut e salatasse pra vida
e da vida sem rumo nascesse um roteiro
como um romance de Balzac
nem sei bem,porque exatamente dele,
mas é como se da vida saltasse pra tela ou para o texto
- uma outra encarnação -
uma outra mulher, uma outra história
nascendo no universo imaginário
do mundo que minha imaginação
constroe
me toma uma leve sensação de vazio
não estou segura
esta tensão permante entre o que sou e minhas fantasias
me atraí, me tortura, me instiga, desafia
a noção de vida e morte é tão fugaz
não quero ressucitar fantasmas
não sou feita de gelo
tenho toda atenção ao mundo
sou pela diversidade
sei o que é diferente
embora como ostra
me feche para o diferente, às vezes
gostos dos detalhes
como o bordado em uma pequena almofada
ou a borboleta no meio do jardim
mas confesso, às vezes, sou avessa ao detalhe
sou desatenta
viajo no meu proprio mundo
e não vejo o outro
não me leve a mal
sou assim
como o vento
como a vida
rápida e indecifrável
não faço por mal
me iludo com tantos e tantos
me inflando a autoestima
me dizem que sou tanto, tão, e esperam tanto de mim,
que às vezes me distraio
às vezes esqueço
às vezes não percebo
o mundo à minha volta.
Um outro olhar
um outro jeito
uma forma diferente de viver e sentir
Levei tempos pra perceber
- uma boa caminhada -
ainda é cedo
só tenho trinta anos
que as distâncias se encurtem
e que desnudem meus proprios vícios
que bêbada dos estímulos alheios
possa aprender com Suely e Abel
e evitar as juras secretas, as palavras não ditas, os beijos não roubados, as cenas perdidas na solidão,
que possa lapidar minhar respostas,
e evitar rispidez e grosseria.
Saiba, não só má,
meu espírito é leve,
meu gestos carinhosos,
às vezes tropeço, na minha agenda
de popstar,
sorry, não me leve a mal,
as palavras não ditas.
não foram intenção explícita.
Não quero um dialogo rápido
num sinal fechado
Paulinho da Viola nos salve,
não quero a pressa
que afoga o afeto
não quero trair a ninguém, muito menos a meus sentimenots
Nada é pra sempre
Renato já me disse
que o pra sempre sempre acaba
mas hoje amenheci com um livro na minha cabeceira da cama
as lembranças que importam ficam
sonolenta mais atenta
vi que preciso dar mais atenção
ao livro de minha vida


mas sei, hoje, que o que é central para mim não nescessariamente
o é para outras pessoas queridas
quero que as geleiras
se desintegrem
como nas glacias de Perito Moreno
e as

Anônimo disse...

Um Vinicius inofensivo pra vc (letra e música dele pra vc, ouça a maravilhosa gravação da Nana Caymi)

Vire essa folha do livro e se esqueça de mim
Finja que o amor acabou e se esqueça de mim
Você não compreendeu que o ciúme é um mal de raiz
E que ter medo de amar não faz ninguém feliz

Agora vá sua vida como você quer
Porém, não se surpreenda se outra mulher
Nascer de mim, como do deserto uma flor
E compreender que o ciúme é o perfume do amor