quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Infértil

Larga distância de pequenos silêncios entre nós,
arrancaste minha cabeça de teu peito com a força de quem cospe a semente da laranja.
Deixei que ela caísse no solo,
não há mais nada para germinar.




5 comentários:

Edu disse...

A palavra soa.
Quando a semente é boa
(de pomo de ouro)
não carece de coro
que a amplifique,
nem de fermento ou loa,
que a magnifique.
Basta-lhe sentir
no solo,
o eco sensível
que se faz ouvir
no colo,
quando a semente é boa.

paulocsrpedroso disse...

A não ser, que a peça que o tempo me pregou,
Venha com a calmaria, tão comum depois das tormentas - sic- .
E depois, da dor ao sossego, e do sossego, a um novo bem-querer...

paulocsrpedroso disse...

A não ser, que a peça que o tempo me pregou,
Venha com a calmaria, tão comum depois das tormentas - sic- .
E depois, da dor ao sossego, e do sossego, a um novo bem-querer...

Anônimo disse...

Há um oceano a nos separar
Entre nós cavastes um abismo
Em seus pequenos silêncios
Cada palavra não dita
São milhas construídas de distância
Não cultivas a alma dos navegadores
Que se aventuram mar a dentro
Sonhando aproximar o mundo
As naus se sentem mais seguras no cais
Mas não foram pra isso que foram feitas
Me sinto como Maria Antonieta
Diante da guilhotina
Arrancaste minha a cabeça
De teu peito
Como se fosse crime
Oferecer brioches ao povo faminto
Me usaste até a última gota de suco
Tua indelicadeza molda o bagaço
A semente que cospes
Por momentos, se imaginou estéril
Caiu ao solo
Ao som de um tango melodramático
De Carlos Gardel
Por que me deixa distante entre silêncios e gestos bruscos?
Por que me faz sentir teria, improdutiva, triste?
Por que sou dramática assim como o tango de Gardel?
Minha auto-imagem projetada no espelho de minha poesia,
Não traduz a alegria e a vitalidade que escondo no peito
será que é você, com seus silêncios, gestos e caroços de laranja,
Que me faz sentir assim?
Mas um consolo existe
De um jeito ou outro
A vida sempre germina outra vez

Anônimo disse...

Há um oceano a nos separar
Entre nós cavaste um abismo
Em seus pequenos silêncios
Cada palavra não dita
São milhas construídas de distância
Não cultivas a alma dos navegadores
Que se aventuram mar a dentro
Sonhando aproximar o mundo
As naus se sentem mais seguras no cais
Mas não foram pra isso que foram feitas
Me sinto como Maria Antonieta
Diante da guilhotina
Arrancaste minha cabeça
De teu peito
Como se fosse crime
Oferecer brioches ao povo faminto
Me usaste até a última gota do suco
Tua indelicadeza molda o bagaço.
A semente que cospe
Por momentos, se imaginou estéril
Caiu ao solo
Ao som de um tango melodramático
De Carlos Gardel
Por que me deixa distante entre silêncios e gestos bruscos?
Por que me faz sentir estéril, improdutiva, triste?
Por que sou dramática assim como o tango de Gardel?
Minha auto-imagem projetada no espelho de minha poesia,
Não traduz a alegria e a vitalidade que escondo no peito
será que é você, com seus silêncios, gestos e caroços de laranja,
Que me faz sentir assim?
Mas um consolo existe
De um jeito ou outro
A vida sempre germina outra vez